sábado, 26 de novembro de 2011

Funcionários do Anexo Fiscal indignados com descaso

Da Redação cotiatododia

Funcionários do Anexo Fiscal das Fazendas Públicas, órgão que fica no prédio da antiga ProCotia, estão revoltados com a situação que passam, após a chuva do último dia 11, que fez com que a calha d’água do prédio não resistisse e a chuva invadisse a repartição, molhando documentos e equipamentos de trabalho. O Anexo tem mais de 110 mil processos em suas instalações. A reforma do local só começou na última segunda, 21 e foi prometida a entrega para a semana que vem. Com o local interditado, o Presidente do Tribunal de Justiça determinou que o expediente do Anexo fosse suspenso por 10 dias, contando a partir do dia 16.
Só que duas questões intrigam os funcionários do setor: A reforma não terminará até o dia 26, data limite da suspensão do expediente. A outra revolta é em relação à ordem dada pelo diretor do setor para que os funcionários compareçam ao trabalho para bater cartão de manhã, voltem para casa e retornem ao final do expediente para dar a ‘saída’ no cartão.
Determinação expedida pela Justiça Operários na reforma do Anexo
Processos empilhados e cobertos Fiação é velha e com risco de curtos
Ou seja, os funcionários estão sendo obrigados a saírem de casa, pagar quatro conduções e cometendo uma irregularidade, que é a ausência no trabalho, apesar de estarem com seus cartões batidos.
Inconformados, chamaram o Sindicato União do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, na pessoa de seu presidente, Wagner de Souza, para tentar resolver a situação.
Wagner apontou duas irregularidades. A primeira é em relação à situação dos cartões. Segundo ele, se caso o funcionário sofrer um acidente na rua no horário do expediente, como ele iria provar que estava trabalhando? E que garantia ele teria se caso se acidentasse, de ter assistência do empregador?
A outra questão é em relação à situação das instalações de trabalho. O sindicato quer garantias de que a obra ficará pronta e todas as instalações adequadas. Caso isso não ocorra, pedirá a interdição de parte do prédio da ProCotia. “Não há alvará de reforma e não existem condições dignas de trabalho para os funcionários. Se não tomarem providências, o sindicato irá entrar com ação judicial contra a Prefeitura e o Tribunal de Justiça”, afirmou o presidente.
Reforma começou segunda-feira, mas sindicato acha que não acaba no prazo Sala do Anexo não afetada pela chuva, com processos empilhados nas mesas
Funcionários de braços cruzados Jornal alertava problemas em 2002
As obras de recuperação do Anexo estão em andamento, porém as calhas d’água ainda não foram consertadas e trocadas e pelo que o cotiatododia apurou, o processo está parado no Departamento de Compras da Prefeitura.
“O problema deste prédio já é antigo. Em 2002 foi matéria no jornal Folha Judiciária e até agora nada foi feito”, contou um dos funcionários.
Acima instalações e comunicado do cartório Abaixo a sala da Polícia Civil aguardando reformas
Uma reunião entre o diretor do Anexo, Carlos Moraes, o Juiz Diógenes Rodrigues e o sindicato foi marcada para a manhã desta terça-feira, mas não aconteceu.
O sindicato irá sugerir ao TJ a mudança do Anexo para outro prédio, de propriedade da Justiça.
Além do Anexo, foram afetados pela chuva o posto da Polícia Civil e o Cartório Eleitoral. A polícia já se instalou provisoriamente em uma casa próxima, onde também funcionará o Cartório a partir desta quinta-feira, na Rua Jorge Caixe, 192.
Tentamos contato com o presidente e o advogado do sindicato nesta tarde, para saber como andam as negociações, mas ambos não foram encontrados.

Casa (ao centro) funcionará o cartório e polícia até que reformas estejam prontas

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