 O governo estadual deu os
primeiros passos para a implantação do Hidroanel, espécie de Rodoanel pelas
águas do rio Tietê e que vai servir para tirar o transporte de carga das
rodovias. Está em andamento o pedido de licença ambiental prévia para iniciar
as obras da eclusa da barragem da Penha, no rio Tietê. Além disso, existe um
estudo para implantação de outra eclusa próximo à barragem de Pirapora do Bom
Jesus.
Essas duas obras vão acabar com os desníveis do leito nesses dois
pontos, tornando o Tietê navegável.
No caso da Penha, ela torna
navegáveis 14 quilômetros do leito do rio, até São Miguel Paulista. E ainda vai
permitir a conexão com outro trecho, onde já há viabilidade técnica para a
passagem de embarcações, em 41 quilômetros, entre a Penha e a cidade de Santana
do Parnaíba.
Já o projeto do hidroanel prevê uma hidrovia de 170
quilômetros ao redor da capital, que incluiria os rios Tietê e Pinheiros e as
represas Billings (zona sul e ABC) e Taiaçupeba (Suzano).
Ele serviria
para o transporte de passageiros, mas seria destinado, principalmente, para o
transporte de lixo, entulhos, material de dragagem do rio, resíduos da
construção civil e lodo retirado das estações de tratamento, além de produtos
hortifrutigranjeiros.
Hoje, já há transporte de material retirado durante
as obras de desassoreamento do Tietê, por barcaças, próximo ao
Cebolão. Mas o hidroanel é um projeto a longo prazo. A previsão é de que
as eclusas sejam concluídas em 2015.
Ainda em relação ao Tietê, o fim do
odor e a chegada de peixes também está prevista por 2015, com a despoluição do
rio, feita por meio das obras da terceira fase do projeto Tietê.
Ela
prevê implantação de coletores para levar o esgoto da região Metropolitana até
as estações de tratamento, evitando que ele seja despejado in natura no
leito.
Atualmente, na região Oeste, a terceira etapa do projeto Tietê
conta com R$ 463 milhões de recursos em obras nas cidades de Barueri,
Carapicuíba e Osasco.
Para Osasco, o projeto envolve coletores-tronco,
interceptores e rede coletoras que somam 92,5 km de tubulações. O esgoto
coletado será levado para a ETE (Estação de Tratamento de Barueri) Em
Barueri, acontece a implantação do Sistema Dom José, composto por redes
coletoras, coletores-tronco, estação elevatória e linha de recalque, o que
permitirá o transporte dos esgotos da região Norte do município, área que
contribui diretamente para concentração de poluentes no rio Tietê. Além disso,
estão em andamento a ampliação da ETE, cuja capacidade vai passar de 9.500
litros por segundo para 16.000 litros por segundo.
Já em Carapicuíba, o
Tietê III prevê complementar o coletor-tronco Fábrica, que vai viabilizar o
transporte dos efluentes coletados na região central do município para o
coletor-tronco Cotia, de onde seguem para a ETE.
Embora essas obras
tenham previsão de término em 2015, a região só deve atingir os índices de 100%
de esgoto tratado e coletado em 2020, dois anos depois da previsão inicial da
própria Sabesp.
Fonte: webdiariio, por: Erica
Celestini
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugestão, Reclamações, Elogios, Comentários e Perguntas