Região do Largo da Batata deve ganhar terminal de ônibus até dezembro
Terminal Largo da Batata deve ficar pronto até dezembro
Estação intermodal é uma das últimas etapas da Operação Urbana Faria Lima, que teve início em 1995
O tão esperado Terminal Intermodal de Transportes das imediações do
Largo da Batata, em Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, deve ficar
pronto até dezembro, promete a Prefeitura da Capital Paulista.Estação intermodal é uma das últimas etapas da Operação Urbana Faria Lima, que teve início em 1995
Ao lado da estação Pinheiros de trens da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e do Metrô, o terminal deve receber 27 linhas de ônibus e 80 mil pessoas por dia.
Após a abertura do terminal, as ruas do entorno serão alargadas e o Largo da Batata propriamente dito será finalizado.
A Avenida Faria Lima, em 2013, terá melhoramentos nas calçadas e vai ganhar ciclovias.
As obras fazem parte da Operação Urbana Faria Lima, criada em 1995 pelo então prefeito Paulo Maluf.
Esta fase final vai custar aos cofres públicos R$ 295 milhões.
Por conta da Operação Urbana Faria Lima, a avenida se expandiu e foram criados os túneis Rebouças e Cidade Jardim.
Mas as obras são alvos de críticas de especialistas. Primeiro porque os recursos são obtidos pela venda do direito a empresas construírem em áreas e dimensões além do permitido pela lei de zoneamento.
Os urbanistas dizem que isso é tratar o crescimento da cidade de forma desigual. Enquanto a pessoa que quer aumentar um cômodo em casa sofre uma burocracia grande se quer fazer tudo em ordem e nem sempre consegue as autorizações, as grandes construtoras que têm dinheiro pagam oficialmente para burlar a lei.
Além disso, por mais que haja um terminal de ônibus e as estações, as obras públicas ainda priorizam o transporte individual, na visão dos urbanistas.
A supervalorização imobiliária do local também é outra crítica.
Segundo a Embraesp – Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio do Estado de São Paulo, em 2006, o metro quadrado na região valia R$ 3.600. Agora, está em R$ 12,5 mil, valorização de 247%, sem descontar a inflação. Na média da cidade de São Paulo, levando em consideração o mesmo período, a valorização foi de 132%, passando de R$ 3.989 para R$ 9252.
O principal objetivo de Paulo Maluf ao criar a Operação Urbana Faria Lima foi estabelecer na região um pólo de escritórios.
Ma o que ocorreu com o Itaim Bibi e a Vila Olímpia se repete com a região do Largo da Batata. O desequilíbrio entre geração de empregos e moradia. Hoje menos pessoas moram que trabalham na região.
A prefeitura conseguiu junto a Comissão de Valores Mobiliários – CVM autorização para emitir títulos imobiliários Cepacs, que permitem a construção de novos prédios, a maior parte voltada para apartamentos.
A infraestrutura no local é boa, com estabelecimentos comerciais, emprego, ônibus, trem e metrô, mas o trânsito complicado e o alto custo dos imóveis podem desestimular as moradias.
Algumas obras da Operação Urbana Faria Lima vão mais lentas que as outras, o que mostra o leque de prioridades do poder público, independentemente de quem está na gestão.
Primeiro saíram as obras viárias para carros, agora só que vai ser concluído o terminal intermodal e a urbanização de favelas como a do Real Parque foi iniciada somente em 2010 e dos 1.135 imóveis previstos, apenas 377 foram entregues.
O Largo da Batata recebeu esse apelido, que depois virou nome oficial, nos anos de 1920. No local, havia um posto de venda da CAC – Cooperativa Agrícola de Cotia, no qual os pequenos produtores vendiam o que plantavam. Boa parte deles era de família japonesa e o produto mais comercializado era justamente a batata.
Foi a partir deste posto que a região começou a ter os primeiros adensamentos com características urbanas.
Fonte: Blog:Ponto de ônibus, por:Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes, e Informações: O Estado de São Paulo
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