Além de problemas na rede estadual, pais e alunos das redes municipais de cidades na Grande São Paulo apontaram, em mapa interativo do G1, o site de notícias da Globo, a falta de professores como um problema no atual ano letivo. O transtorno foi mencionado na rede municipal em Cotia, Osasco, Santana de Parnaíba e Mauá. Por meio de suas assessorias de imprensa, cada administração municipal apresentou justificativas e soluções para o problema. Em geral, o término de contratos em 2012 teria retardado a formação do quadro de professores para este ano letivo, segundo apontaram os municípios.
Em Cotia, as reclamações são voltadas à Escola Municipal Crianças de Cotia, no Parque Miguel Mirizola (foto): “Coloquei minha filha nesta escola em 2013. Desde o início das aulas é muito comum ela ser dispensada mais cedo por causa da falta de professores. Não há professores de educação física e artes. São três dias por semana que minha filha sai antes do horário. Além disso, até o momento, não há um cronograma de aulas. As aulas são aleatórias. A cada semana ela tem matérias em horários e dias diferentes”, conta Patrícia Oliveira, 30 anos, mãe de uma menina de 10, que estuda no 6º ano do Ensino Fundamental.
A Secretaria de Educação da cidade informa que já foram convocados novos professores e a situação deve ser resolvida em até 30 dias.
Em Santana de Parnaíba, a falta de professores em escolas municipais se deve à dispensa de um grande número de docentes pela administração anterior, no fim do ano passado, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação da cidade. O problema foi apontado ao G1 na Escola Municipal Professora Ruth de Azevedo Silva Rodrigues e no Colégio Municipal Professor Aldonio Ramos Teixeira.
“O número de professores simplesmente não corresponde à demanda de alunos. Para o 3º ano do ensino médio, não há professores de filosofia e química, por exemplo. Estou perdendo em média cinco aulas por semana. Pretendo fazer o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e prestar vestibulares para a área de engenharia no fim do ano, mas com essa situação fica bem difícil se preparar”, relata Adriana Sousa Celestino, 17 anos, estudante do Colégio Municipal Professor Aldonio Ramos Teixeira.
Segundo a Secretaria de Educação de Santana de Parnaíba, já foi realizada uma prova para o ingresso de novos professores no sistema, mas a previsão é que a situação só se normalize dentro de um mês. Ainda de acordo com a Secretaria, também chegaram a faltar água e energia devido a contas vencidas, que deveriam ter sido pagas em dezembro.
Outras cidades
O problema no quadro de docentes se repete, segundo leitores do G1, em escolas de Osasco e Mauá. Em Osasco, há relatos de falta de professores na Escola Municipal de Educação Infantil Senador José Ermírio de Morais. De acordo com a Secretaria de Educação, muitos contratos de professores acabaram no fim do ano passado, mas novos docentes já foram contratados para o cargo e serão encaminhados para as salas de aula nas próximas semanas.
Em Mauá, a denúncia é de falta de professores substitutos suficientes na Escola Municipal Clarice Lispector, que fica na Vila Bocaina. A Secretaria municipal de Educação foi procurada pela reportagem do G1, que aguarda retorno.
Fonte: Do G1, Foto: Google
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