*Ricardo Patah |
Segundo o economista Gustavo Franco, em artigo publicado recentemente na revista “Veja”, o problema está na atual legislação que “tira do trabalhador o direito de decidir sobre a sua poupança e lhe dá a menor remuneração do mercado”. Sua explicação é muito simples: o rendimento de 3% ao ano mais a TR é muito inferior ao que o trabalhador obteria investindo em fundo DI, que pode render 7.2% ao ano.
Concordo plenamente. Então, tem que mudar. E isso seria muito simples: o FGTS deveria ter um conselho paritário semelhante ao FAT, onde os trabalhadores pudessem realmente opinar sobre a aplicação dos recursos. Desse conselho participariam trabalhadores, governo e empresários. E as decisões seriam de como investir e usar o dinheiro, na linha do “diálogo e do gasto social”.
Quero deixar bem claro que os trabalhadores não querem participar de especulação financeira a fim de remunerar o seu fundo. Mas não podem também abrir mão de uma quantia tão grande, que pode ser aplicado para o bem de nossa economia. O interesse de todos é fazer com o que o Brasil avance e tenhamos cada vez mais inclusão social. Afinal, ainda temos milhões de brasileiros vivendo em estado de pobreza absoluta.
Por: *Ricardo Patah é presidente nacional da UGT e do sindicato dos comerciários de São Paulo
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