Estado pressiona Lauro Michels por integração
O
prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), passou a ser mais pressionado
pelo governo do Estado para a cobrança da integração nos terminais
Diadema e Piraporinha da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes
Urbanos). A carga foi intensificada após a empresa definir novos valores praticados no sistema metropolitano.
O
principal argumento do governo do Estado é a decisão proferida pelo STJ
(Superior Tribunal de Justiça) a favor da cobrança da baldeação,
gratuita nos terminais da cidade desde o início da década de 1990. A
EMTU alega investimentos em eletrificação e modernização do sistema para
encerrar o convênio de mais de duas décadas com a Prefeitura. O anúncio
do fim do acordo foi feito em 2011, ainda na gestão de Mário Reali
(PT).
“O
prefeito tem tido conversas constantes com o governador Geraldo Alckmin
(PSDB) para auxiliar nesse assunto. É algo que sempre o incomoda e a
pressão está grande”, confidenciou integrante do primeiro escalão da
administração de Lauro Michels.
Nos
corredores do Palácio dos Bandeirantes, ventila-se a informação de que a
EMTU vai cobrar tarifa cheia pela integração nos terminais. Ou seja, o
usuário que desembarcar nos postos de Diadema ou Piraporinha com
objetivo de utilizar outro ônibus terá de desembolsar R$ 3,40.
No mês passado, além dos novos valores para trólebus, subiram também o custo das passagens
de ônibus na Capital, trem e Metrô – todos passando para R$ 3,20. Essa
situação teria adicionado mais pressão sobre os ombros de Lauro para um
desfecho no assunto.
A EMTU não respondeu aos questionamentos do Diário sobre o início de cobrança.
LONGE DO ACORDO
Lauro
prometeu na campanha que a baldeação não seria tarifada e, para isso,
apostava no elo com Alckmin. No início do mandato, ele esteve diversas
vezes no Palácio dos Bandeirantes pedindo ao governador interceder na
discussão.
Antes de Lauro assumir a Prefeitura, o governo do Estado chegou a sugerir acordo para a cobrança do benefício. Cada viagem
adicional custaria R$ 1, sendo metade do valor bancado pela gestão
estadual enquanto o restante sairia dos cofres do Paço de Diadema.
Fonte: Diário do Grande ABC por:Raphael Rocha
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugestão, Reclamações, Elogios, Comentários e Perguntas