Segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aumento na tarifa da passagem foi menor que a inflação e não será revisto Foto: Marcelo Pereira / Terra |
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
afirmou nesta quinta-feira que não cogita abaixar o preço da tarifa dos
transportes públicos em São Paulo, que passou de R$ 3 para R$ 3,20,
mesmo após os protestos organizados na capital paulista desde a última
quinta-feira. De acordo com o tucano, as manifestações são organizadas
por um "movimento político pequeno, mas muito violento”. As declarações
foram dadas durante um dos eventos dos quais o governador paulista
participa em Santos, no litoral do Estado, nesta quinta-feira, depois
que retornou de viagem da França.
"O reajuste foi menor que a inflação. Tanto o ônibus da
Prefeitura de São Paulo, quanto o metrô, quanto o trem", disse o
tucano. "O objetivo é que os ganhos de eficiência e produtividade fossem
transferidos ao usuário do sistema", completou Alckmin.
Um novo protesto está marcado para esta quinta-feira, no
Anhangabaú. A concentração será às 17h, em frente ao Theatro Municipal.
A manifestação será novamente organizada pelo Movimento Passe Livre
(MPL), que reivindica isenção de tarifa para os estudantes secundaristas
e universitários, e melhores condições para o transporte público em São
Paulo.
Ainda na França, o governador afirmou na quarta-feira
que não toleraria protestos violentos e disse que os manifestantes que
destruírem patrimônio público devem pagar pelos atos. "É intolerável a
ação de baderneiros e vândalos destruindo o patrimônio público. Eles
devem pagar por isso", disse Alckmin, em Paris, à Rádio França
Internacional.
Evolução da tarifa de transporte em São Paulo
Confrontos
O protesto de terça-feira foi marcado por confrontos entre os manifestantes e policiais militares. Um grupo usou lixeiras e pedras para destruir vidraças de agências bancárias. Na rua Silveira Martins, o diretório do PT também foi apedrejado.
O protesto de terça-feira foi marcado por confrontos entre os manifestantes e policiais militares. Um grupo usou lixeiras e pedras para destruir vidraças de agências bancárias. Na rua Silveira Martins, o diretório do PT também foi apedrejado.
A Tropa de Choque da PM usou bombas de efeito moral para
dispersar os manifestantes, após o confronto no terminal de ônibus do
parque Dom Pedro. Com isso, grande parte dos participantes do ato subiu
para a avenida Paulista.
Clique no link para iniciar o vídeo, SP: 20 são presos durante protesto do Movimento Passe Livre |
A manifestação teve início, no fim da tarde, com uma
concentração no fim da Paulista. Depois saiu em passeata pela rua da
Consolação. Em seguida, os participantes bloquearam completamente a
Radial Leste, pegaram a avenida Liberdade, passando pela praça da Sé. Na
avenida Rangel Pestana, um pequeno grupo apedrejou e queimou um ônibus
elétrico que estava estacionado. No parque Dom Pedro, eles foram
impedidos pela polícia de entrar no terminal de ônibus.
12 de junho - Policial militar
Wanderlei Paulo Vignoli mostra ferimento causado por pedra arremessada
na noite anterior por manifestantes em frente ao TJ-SP
Foto: Rodrigo Paneghine/SSP / Divulgação
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Aumento da tarifa
As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Desde o dia 6, a cidade vem enfrentando protestos.
As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Desde o dia 6, a cidade vem enfrentando protestos.
Segundo a administração paulista, caso fosse feito o
reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo
IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é
um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros",
disse em nota.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), havia
declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a
desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte
público. O decreto foi publicado, mas não houve manifestação da
administração municipal sobre redução das tarifas.
Fonte: Terra Noticias
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