quarta-feira, 31 de julho de 2013

Multas da Novo Horizonte somam R$ 10 milhões

ônibus
Ônibus da empresa Novo Horizonte. Empresa é considerada a pior da cidade de São Paulo e só neste ano recebeu cerca de 21 mil reais em multa que somam aproximadamente R$ 10 milhões

Multas contra Novo Horizonte somam R$ 10 milhões de janeiro até metade de julho
Foram 21 mil 136 multas e 7 mil e 79 reclamações. SPTrans reconhece os problemas na empresa, mas diz que situação teve melhora em relação ao ano passado
Considerada a pior empresa de transporte na cidade de São Paulo, a Empresa de Transportes Coletivos Novo Horizonte S.A., hoje denominada Empresa de Transportes Itaquera Brasil S.A. recebeu de janeiro até a metade deste mês de julho cerca de R$ 10 milhões em multas por diversos problemas.
As informações são da SPTrans, São Paulo Transportes, gerenciadora dos serviços na Capital Paulista.
De acordo com o diretor de operações da SPTrans, Almir Chiarato, a Novo Horizonte possui duas garagens, a do lote 43, na Cidade Tiradentes, e a de número 44, na Jacu Pêssego.
Os principais problemas ocorrem nos serviços dos ônibus da Cidade Tiradentes.
Estes cerca de R$ 10 milhões de multas correspondem a 21 mil 136 infrações anotadas pelos fiscais da SPTrans no período de janeiro a meados de julho.
Atrasos nas partidas, não cumprimento dos horários e itinerários, lotação e até mesmo o comportamento dos motoristas são as principais queixas.
Ainda neste período, a SPTrans recebeu 7 mil e 79 multas.
Almir Chiarato admitiu que a situação da empresa é ruim e atribuiu o fato em especial principalmente a problemas de gestão. Mas disse que a situação já foi pior.
“Conseguimos uma melhora nos indicadores de 27% nas operações da empresa. Isso ainda está bem longe do ideal, mas nosso trabalho para melhorar a situação tem sido além das aplicações de multas. Pegamos as dez linhas mais reclamadas de cada empresa de todo o sistema e chamamos as companhias de ônibus para também saber delas a solução que podem propor. Depois, estipulamos metas de números de reclamações por passageiros. Além disso, enviamos constantemente relatórios para o promotor Saad Mazloum, que acompanha os transportes em São Paulo” – disse Chiarato.
Em relação à área, o Consórcio Leste 4, operado pela Novo Horizonte e Ambiental Trans (que inclui os trólebus) também é considerada a pior, tanto em relação ao número de reclamações como às infrações aplicadas. Mesmo assim, Chiarato destaca a melhora trazida pela renovação dos ônibus elétricos da Ambiental Trans. A empresa, que antes se chamava Himalaia Transportes, já recebeu boa parte das cem unidades de trólebus 15 metros com chassi Scania. A produção destes trólebus foi anunciada em primeira mão pelo Blog Ponto de Ônibus / Canal do Ônibus ainda na metade do ano passado em entrevista exclusiva com o gerente nacional de vendas da Scania, Wilson Pereira.
O advogado do Consórcio Leste 4, Paulo José Iasz de Morais, não concorda com a afirmação de que a área operacional seja a pior da cidade. Segundo ele, investimentos estão sendo feitos para melhoria.
“Os empresários do Consórcio são sérios e agem com transparência, há dificuldades sim financeiras, mas foram captados novos investidores e a população pode contar sim com melhores serviços, pois os investimentos estão sendo realizados” – contou o advogado.
Se o Consórcio Leste 4 é considerado problemático para São Paulo, a área 7 da cidade, zona Sudoeste, operada pelo Consórcio Sete, é a melhor da capital, segundo a SPTrans.
A empresa que possui os melhores indicadores é a Transkuba. O Consórcio Sete também é operado pela VIP – Viação Itaim Paulista, Viação Campo Belo, Gatusa, além da própria Transkuba.
“Não que não haja problemas na área, mas as operações de uma maneira geral são boas” – concluiu o diretor de operações da SPTrans, Almir Chiarato.

Fonte: por: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

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