Proposta deve constar no relatório da CPI dos Transportes da Câmara Municipal. Redução proporcional da remuneração das empresas e cooperativas em caso de descumprimento de viagem também é outra alternativa.
Conforme adiantou o Blog Ponto de Ônibus, a CPI dos Transportes da Câmara Municipal de São Paulo deve na verdade reforçar boa parte das propostas do prefeito Fernando Haddad e do secretário de transportes, Jilmar Tatto, como redução no número de linhas de ônibus com mais seccionamentos e a compra de uma frota pública, correspondente a 30 por cento da frota de 15 mil ônibus da Capital Paulista. Havia três modelos de CPI e, de ultima hora, foi aprovada a proposta de CPI apresentada pelo vereador Paulo Fiorilo,do PT, mesmo partido do prefeito e do secretário (Acompanhe: http://blogpontodeonibus.wordpress.com/2013/12/17/passageiros-com-60-anos-ou-mais-terao-gratuidade-nos-onibus-da-capital-paulista/)
Mas o relatório da CPI deve ter outras sugestões.
Segundo a relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito, a vereadora Edir Sales (PSD), o valor da passagem de ônibus pode ser reduzido em onze centavos se para o cálculo da tarifa fosse alterada a forma de calcular o custo do óleo diesel.
A diferença entre o atual modelo e o proposto pela CPI pode ser de um valor de R$ 198 milhões a menos no item combustível na planilha para as tarifas de ônibus em São Paulo.
Hoje, em São Paulo, o calcula da tarifa se baseia no preço médio do óleo diesel, que segundo a ANP – Agência Nacional do Petróleo – é atualmente de R$ 2,13.
Capitais como Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis usam como cálculo de tarifa o preço mínimo do combustível, que é de R$ 1,71 nos valores atuais.
O secretário municipal de transportes urbanos, Jilmar Tatto, admite que vai estudar a proposta.
Já o SPUrbanuss, o sindicato que representa as empresas de ônibus na Capital Paulista, disse que não é possível calcular as tarifas na cidade com base nos valores mínimos do óleo diesel por causa das características operacionais de São Paulo, que possui diversos tipos de relevo e extensões de linhas. Essas diferenças, argumenta o sindicato, fazem com que o perfil de consumo de diesel sofra variações nas diversas regiões da cidade, sendo o mais adequado o cálculo pelo preço médio.
O sindicato ainda informou que do total de gastos das empresas, 51% são valores fixos, como salários que têm alterações uma vez por ano, já 32% são variáveis, como consumo de diesel e os custos por quilômetro percorrido.
A vereadora disse que outras ações mais simples podem ajudar na redução do valor das tarifas.
Uma delas é uma fiscalização mais eficiente por parte do gerenciador do sistema da capital, no caso a SPTrans – São Paulo Transporte.
Segundo ela, cada viagem que não é realizada representa custo para o sistema, remuneração para a empresa ou cooperativa,mesmo sem a viação ou lotação gastar um centavo com esta viagem.
Ou seja, se a SPTrans fizesse melhor uma de suas obrigações, a cidade poderia ter transportes mais baratos e melhores.
A vereadora diz que além de multas, que parecem não assustar empresas de ônibus e cooperativas do sistema local, em caso de viagens não cumpridas ou interrompidas parcialmente, deveria haver desconto proporcional na remuneração dos operadores de transportes.
O relatório final da CPI dos Transportes de São Paulo deve ser apresentado no mês de fevereiro.
: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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