quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Propostas da CPI dos Transportes de São Paulo para reduzir tarifas de ônibus municipais


ônibus
Ônibus em São Paulo. Além de reforçar propostas de Tatto e Haddad na área de mobilidade, CPI propõe alternativas para redução das tarifas de ônibus, como novo cálculo do item combustível na planilha de custos e diminuição da remuneração das empresas e cooperativas que não cumprem viagens. Foto: Adamo Bazani.
Mudança no cálculo do combustível pode diminuir tarifas de ônibus em São Paulo
Proposta deve constar no relatório da CPI dos Transportes da Câmara Municipal. Redução proporcional da remuneração das empresas e cooperativas em caso de descumprimento de viagem também é outra alternativa.
Conforme adiantou o Blog Ponto de Ônibus, a CPI dos Transportes da Câmara Municipal de São Paulo deve na verdade reforçar boa parte das propostas do prefeito Fernando Haddad e do secretário de transportes, Jilmar Tatto, como redução no número de linhas de ônibus com mais seccionamentos e a compra de uma frota pública, correspondente a 30 por cento da frota de 15 mil ônibus da Capital Paulista. Havia três modelos de CPI e, de ultima hora, foi aprovada a proposta de CPI apresentada pelo vereador Paulo Fiorilo,do PT, mesmo partido do prefeito e do secretário (Acompanhe: http://blogpontodeonibus.wordpress.com/2013/12/17/passageiros-com-60-anos-ou-mais-terao-gratuidade-nos-onibus-da-capital-paulista/)
Mas o relatório da CPI deve ter outras sugestões.
Segundo a relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito, a vereadora Edir Sales (PSD), o valor da passagem de ônibus pode ser reduzido em onze centavos se para o cálculo da tarifa fosse alterada a forma de calcular o custo do óleo diesel.
A diferença entre o atual modelo e o proposto pela CPI pode ser de um valor de R$ 198 milhões a menos no item combustível na planilha para as tarifas de ônibus em São Paulo.
Hoje, em São Paulo, o calcula da tarifa se baseia no preço médio do óleo diesel, que segundo a ANP – Agência Nacional do Petróleo – é atualmente de R$ 2,13.
Capitais como Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis usam como cálculo de tarifa o preço mínimo do combustível, que é de R$ 1,71 nos valores atuais.
O secretário municipal de transportes urbanos, Jilmar Tatto, admite que vai estudar a proposta.
Já o SPUrbanuss, o sindicato que representa as empresas de ônibus na Capital Paulista, disse que não é possível calcular as tarifas na cidade com base nos valores mínimos do óleo diesel por causa das características operacionais de São Paulo, que possui diversos tipos de relevo e extensões de linhas. Essas diferenças, argumenta o sindicato, fazem com que o perfil de consumo de diesel sofra variações nas diversas regiões da cidade, sendo o mais adequado o cálculo pelo preço médio.
O sindicato ainda informou que do total de gastos das empresas, 51% são valores fixos, como salários que têm alterações uma vez por ano, já 32% são variáveis, como consumo de diesel e os custos por quilômetro percorrido.
A vereadora disse que outras ações mais simples podem ajudar na redução do valor das tarifas.
Uma delas é uma fiscalização mais eficiente por parte do gerenciador do sistema da capital, no caso a SPTrans – São Paulo Transporte.
Segundo ela, cada viagem que não é realizada representa custo para o sistema, remuneração para a empresa ou cooperativa,mesmo sem a viação ou lotação gastar um centavo com esta viagem.
Ou seja, se a SPTrans fizesse melhor uma de suas obrigações, a cidade poderia ter transportes mais baratos e melhores.
A vereadora diz que além de multas, que parecem não assustar empresas de ônibus e cooperativas do sistema local, em caso de viagens não cumpridas ou interrompidas parcialmente, deveria haver desconto proporcional na remuneração dos operadores de transportes.
O relatório final da CPI dos Transportes de São Paulo deve ser apresentado no mês de fevereiro.

Fonte:  por: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

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