ANTT fará atendimento imediato em viagens rodoviárias
O
jogador de basquete José Ricardo Leal: “É muita humilhação ter que ser
carregado. É lei federal que todos os ônibus sejam acessíveis”
Foto: Cacau Fernandes / Agência O Dia
Rio
- Após projeto piloto testado durante a Copa do Mundo, a Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai implantar serviço de
fiscalização em tempo real nos terminais rodoviários brasileiros. A
ideia é possibilitar aos passageiros a rápida resolução de conflitos com
empresas de ônibus. O objetivo da agência é conseguir sanar,
instantaneamente, problemas comuns nas rodoviárias, como o atraso nas
viagens e o desrespeito a assentos gratuitos dos idosos.
O
atendimento é feito pelo telefone da Ouvidoria da ANTT (número 166).
Assim que a central é acionada, um fiscal é contactado e vai ao local no
momento da reclamação. “Antes o passageiro ligava para a Ouvidoria e
essa queixa ficava registrada. A agência só fazia a autuação depois.
Neste modelo, o telefonista filtra as reclamações que podem ser
atendidas no momento e aciona imediatamente os fiscais que estão de
plantão nos terminais”, explica Leandro Rodrigues e Silva, gerente de
fiscalização da ANTT.
O projeto piloto foi testado em 14
cidades durante o Mundial e está sendo expandido para 73 terminais onde
atuam os fiscais da agência reguladora. Segundo Silva, também será uma
oportunidade para que os passageiros conheçam esse canal de reclamações,
já que muitos não sabem o papel fiscalizador da Ouvidoria.
De
janeiro de 2013 até junho deste ano, a agência recebeu 3.922 queixas
sobre viagens rodoviárias com origem ou destino no Estado do Rio. A
maior parcela, 20,4%, diz respeito ao atraso injustificado em viagens. A
segunda maior causa de reclamação é o defeito em equipamentos,
responsável por 519 registros (15,2%).
Também
são comuns reclamações sobre o uso de carros com características
diferentes daquelas previstas na tarifa. O paratleta José Ricardo Leal,
38, que sempre viaja de Belém para o Rio, diz que muitos ônibus possuem
adesivos indicando acessibilidade que não existe.
“É
muita humilhação pagar uma passagem e ter que ser carregado. É lei
federal que os ônibus sejam acessíveis. Mas, as empresas enganam ao
colocar o adesivo e não oferecem o serviço”, reclama.
De
acordo com levantamento feito pelo DIA, a empresa campeã de reclamações
no Estado do Rio é a Útil, com 1.276 ocorrências, sendo 896 em 2013 e
380 neste ano.
A maior parcela das queixas, cerca de 23% do total,
corresponde à viagens atrasadas. Outra reclamação recorrente entre os
usuários da empresa, representando 16,7% do total, é o uso de veículos
com padrões diferentes daqueles especificados na passagem.
A
aposentada Elza Oliveira, 63 anos, afirma ter dificuldades para usar os
lugares gratuitos reservados aos idosos. “Parece que esses lugares não
existem. Tento com três meses de antecedência e sempre tem algum erro”,
diz.
A Útil informou que todas as reclamações são tratadas como
prioridade. “Estamos sempre disponíveis para escutar os nossos
passageiros e em constante busca na melhoria dos nossos serviços.”
As
outras empresas que completam o ranking de insatisfações dos clientes
são a Itapemirim, com 554 reclamações entre 2013 e 2014; a 1001, com
373; a Sampaio, com 330; e a Cometa, com 174.
Atrasos são por fatores externos
Segundo
a Útil, o horário de saída dos ônibus depende de “fatores externos”, o
que pode resultar em atrasos. A empresa alega que “problemas de trânsito
em rodovias, tráfego e congestionamento das vias durante períodos de
feriados prolongados provocam atrasos nas operações de todas as empresas
rodoviárias”. “Informamos no ato da venda que o horário é previsto e
que o ônibus está em trânsito”, justificou em nota.
Fonte: Agência O Dia
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segunda-feira, 21 de julho de 2014
ANTT: Passageiros terão fiscalização online
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