Donos de empresas formadas nas áreas onde operaram as cooperativas pedem reajuste nos contratos de 11,82%
Terminou há pouco a reunião entre donos de empresas de ônibus do subsistema local, formadas a partir de cooperativas, e o secretário de transportes, Jilmar Tatto.
O secretário pediu mais uma semana para analisar a reivindicação dos empresários que pedem reajustes nos contratos de 11,82%, conforme acertado em julho. A prefeitura havia anunciado na semana passada que o reajuste seria de 6,28% por causa da redução da arrecadação na cidade.
Os donos destas empresas ameaçaram não colocar os veículos nas ruas a partir de 1º de setembro, terça-feira, o que afetaria aproximadamente 3 milhões de pessoas.
Segundo empresários que estiveram na reunião, o secretário não falou em índices.
Agora, os donos de ônibus prometem parar dia 8 de setembro se não houver uma proposta melhor que os 6,28% que, segundo eles, não seriam suficientes para cobrir os custos de operação.
Os empresários devem na segunda-feira formalizar o pedido de 11,82% na prefeitura.
De acordo com o mais recente dado sobre demanda da SPTrans – São Paulo Transporte, entre janeiro e julho deste ano, o subsistema local transportou 703 milhões 886 mil 376 passageiros. Já o subsistema estrutural atendeu a 952 milhões 962 mil 814 passageiros. Nos sete primeiros meses deste ano, os ônibus municipais de São Paulo tiveram 1 bilhão 656 milhões 849 mil 190 registros de passagens.
Da atual frota de 14 mil 778 ônibus, 8 mil 844 são do subsistema estrutural e 5 mil 934 do local.
O subsistema estrutural é formado pelas empresas de ônibus que operam linhas e veículos de maior porte, por exemplo, e ligam diferentes regiões da cidade ao centro.
Já o subsistema local é operado por empresas que antes eram cooperativas, principalmente dentro das regiões. A mudança da estrutura de cooperativa para empresas se deu por causa da licitação dos transportes na cidade, que está em fase de consulta pública. O novo modelo de transportes proposto para os próximos 20 anos em São Paulo não contempla mais as “cooperativas de lotação”.
por: Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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