Uma liminar judicial diminuiu na sexta-feira (11) a frota de ônibus da Danúbio Azul que atua em São Roque e região. A empresa assumiu recentemente no lugar da Viação Piracicabana e até o momento operava com 80% da frota em horários de pico (das 6h às 11h) e (16h às 20h) e 60% em horários normais, entretanto a decisão judicial mudou estes valores.

A decisão do desembargador e vice-presidente judicial Francisco Giordani estabelece “que nos horários de pico poderão operar 7 ônibus e nos demais horários 5, tendo em vista a frota operada pela concessionária anterior, correspondentes, respectivamente, à 50% e 40% da frota”.

Em contato com representantes da empresa, o Jornal da Economia foi informado que, com a decisão de diminuir a frota em atuação da Danúbio Azul, a companhia passaria a não contar com veículos suficientes para atender todas as linhas atuais e assim, mudanças nos horários de ônibus na região tiveram que ser feitas. Deste modo, as linhas de São Roque/Araçariguama e Araçariguama/Itapevi devem ser paralisadas e as linhas de São Roque/Cotia somente devem operar nos horários de pico. Apenas as linhas São Roque/Itapevi não devem sofrer alterações.

A empresa deve emitir em breve uma nova tabela de horários, informando oficialmente quais linhas foram realmente paralisadas e quais horários retirados da grade. Entretanto as informações que chegaram a nossa redação são de que as alterações descritas acima começaram a ser implantadas na sexta-feira (11).

A mudança traz grandes prejuízos aos usuários da região de Araçariguama e aos que seguem para Cotia em períodos fora do horário de pico.

A liminar judicial ocorreu após uma audiência entre a Danúbio Azul e o Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, realizada na tarde de quinta-feira (10) no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. O debate entre a empresa e o movimento sindical se estende, onde o sindicato busca que a Danúbio Azul contrate cerca de 70 trabalhadores que ficaram sem emprego com a saída da Piracicabana da cidade. Segundo a Danúbio, a empresa está aberta ao diálogo e afirmou que já havia sido acordado que, depois que a empresa fizesse um levantamento do custo operacional na região, voltaria a se reunir com o Departamento Jurídico do Sindicato para tratar da questão.

Segundo um dos diretores do sindicato, seus representantes estão fiscalizando a empresa para garantir que ela cumpra a ordem judicial, porém que o movimento sindical não é responsável pela paralisação de parte das linhas.

Uma nova audiência entre as partes está marcada para terça-feira (15).

Por Rafael Barbosa – JE Online