quarta-feira, 25 de abril de 2012

PAC: Que a mobilidade seja prioridade depois da Copa também


Dilma Rousseff
Presidente Dilma Rousseff anuncia R$ 32 bilhões para a área de mobilidade urbana no PAC 2,
 que contempla 18 estados e 51 cidades. Obras prioritárias são corredores de ônibus e metrô. 
Ela citou o maior engajamento do Governo Federal nos transportes públicos, algo que era 
apenas assumido por estados e municípios.
 Os cidadãos e o setor de transportes esperam é que este envolvimento continue
 depois da Copa do Mundo.
Metrô e corredores de ônibus são prioridades nas obras do PAC da Mobilidade
Presidente Dilma Rousseff fez o anúncio da nova fase do Programa nesta terça-feira que libera R$ 32 bilhões em financiamentos para os transportes públicos

Um envolvimento maior do Governo Federal com as questões relacionadas com os transportes públicos.
Este foi um dos assuntos abordados pela presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira, dia 24 de abril de 2012, no anúncio oficial da liberação dos financiamentos da nova fase do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento Grandes Cidades, em evento no Palácio do Alvorada.
Entre verbas do Governo Federal e a contrapartida dos estados serão R$ 32 bilhões para projetos voltados à mobilidade em 51 cidades de 18 estados, que devem beneficiar de forma direta, 53 milhões de pessoas.
A maior participação do poder federal no setor de transportes públicos, que antes era empurrado goela abaixo só dos estados e municípios, começou a existir de fato com o anúncio do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.
Foi por meio destes eventos internacionais que o poder público federal se deu conta do que os passageiros e cidadãos sabiam faz tempo: os transportes públicos estão em um atraso, com poucas exceções, que trava o desenvolvimento de cada cidade e de uma forma geral de todo o País. Afinal, o País é formado por cidades e por pessoas e não por uma máquina pública e uma burocracia nem sempre voltada às necessidades da maioria da população, inclusive de quem precisa de transportes coletivos.
Primeiro veio o PAC que contemplou as cidades-sede da Copa. Depois ele foi estendido para outros municípios, todos com mais de 700 mil habitantes, mesmo os que não vão sediar os jogos.
O setor de transportes e os cidadãos esperam agora que esse envolvimento maior pregado por Dilma Rousseff do Governo Federal no dia a dia das pessoas que precisam ir e vir com dignidade e rapidez não termine depois do apito final do último jogo do mundial.
Passada a Copa, novos PACs (ou seja o nome que for dado) que surjam. Caso contrário, a Aceleração do Crescimento vai ser ultrapassada pelas necessidades dos estados e municípios que se tornam diferentes e evoluem com o passar do tempo e que não param nunca.
O pacote contempla obras que incluem 600 quilômetros de corredores de ônibus, 380 estações e terminais e 200 quilômetros de metrô, além de 1060 veículos de transporte ferroviário.
A reportagem fez um levantamento das principais obras que devem ser realizadas com os recursos anunciados neste dia 24 de abril:
PORTO ALEGRE:
Investimento de R$ 1 bilhão em linha de metrô. A obra total vai custar R$ 2,4 bilhões.
RECIFE:
R$ 1,8 bilhão em corredores de transporte público
DISTRITO DEFERAL:
Vai contar com R$ 2,2 bilhões. Entre as obras estão a expansão do Metrô, o sistema de transporte do Eixo Sul, ligando o Gama e Santa Maria ao Plano Piloto pelo Expresso do DF e o sistema do Eixo Oeste, que liga a EPTG ao Centro de Taguatinga e o SIA ao Terminal Asa Sul e à Rodoviária do Plano Piloto.
CURITIBA:
O Metrô de Curitiba, que deve custar R$ 2,33 bilhões, vai contar com R$ 1 bi das verbas anunciadas por Dilma Rousseff. A chamada linha Azul terá 14,2 quilômetros de extensão ligando a CIC – Cidade Industrial de Curitiba até Rua Flores. A previsão é de quatro anos para ficar pronto. O metrô vai se integrar com a rede de corredores de ônibus do tipo BRT (Bus Rapid Transit) que fizeram de Curitiba destaque mundial de mobilidade.
FORTALEZA:
O Governo Federal vai liberar R$ 2,3 bilhões para obras de transportes, sendo R$ 1,1 bilhão pelo Orçamento Geral da União e R$ 1,2 bilhão pela Caixa Econômica Federal. O metrô de Fortaleza com linhas oeste (Fortaleza/Caucaia), Sul (Fortaleza/Vila das Flores) e a linhas leste (Fortaleza/leste da cidade) e o VLT ramal Mucuripe/Parangaba serão as obras mais caras da região.
MANAUS:
A principal obra de mobilidade contemplada pelo PAC é o corredor exclusivo de 11,2 quilômetros de extensão que vai interligar as avenidas Governador José Lindoso (avenida das Torres) e Timbiras e a rodovia AM-010. O custo da obra será de R$ 237 milhões, sendo R$ 177 milhões de repasse do Orçamento Geral da União como fundo perdido.
SALVADOR:
O Metrô deve custar R$ 3 bilhões. sendo R$ 1 bilhão de participação do Governo Federal.
BELO HORIZONTE:
O custo do Metrô de Belo Horizonte será de R$ 2,9 bilhões, sendo R$ 1 bilhão de financiamento federal.
SÃO PAULO:
A obra citada foi o monotrilho que vai ligar as cidades de São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul e São Paulo que contará com R$ 2,8 bilhões. Também serão contemplados, por exemplo, obras para corredor de ônibus do bairro do Capão Redondo até a Vila Sônia, na cidade de São Paulo, e para o programa de mobilidade urbana de Guarulhos.
JOÃO PESSOA:
Vai contar com R$ 280 milhões do PAC. Entre as obras previstas estão o VLT Metropolitano de João Pessoa e o sistema de BRT, corredores de ônibus, que vai do bairro de Cruz das Armas às Avenidas D. Pedro II e I, incluindo um corredor exclusivo da Epitácio Pessoa ao Terminal de Integração no Centro.
CAMPO GRANDE:
Vai contar com R$ 180 milhões do PAC. O Projeto de Mobilidade Urbana contempla a construção de quatro novos terminais de transbordo; 41 terminais de embarque pré-pago; abertura de 58,7 quilômetros de corredores exclusivos de transporte, 500 abrigos de ônibus, além da construção de um viaduto (na rotatória das avenidas Olavo Vilela Andrade e Gury Marques) e intervenções viárias em três cruzamentos
Além dos ganhos econômicos nas cidades contempladas, o Governo Federal frisou os benefícios ambientais que os transportes públicos oferecem ao reduzirem o número de carros nas ruas, os principais responsáveis pela poluição do ar nas grandes e médias cidades.
A presidente Dilma Rousseff destacou a importância de cidades sustentáveis e a cúpula internacional do meio ambiente Rio + 20, que vai ser realizada em junho no Rio de Janeiro.
Fonte:Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

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