Isso se dá, provavelmente, porque ainda estamos em um momento de poucas oportunidades verdadeiras para a pessoa com deficiência no Brasil.
Muito se fala em acessibilidade arquitetônica, atendimento diferenciado para surdos e cegos, incentivos fiscais e até motivação para educação e trabalho. Então se faz a pergunta, onde as pessoas com deficiência estão?
A resposta está nas dificuldades em que o governo diz que não existe!
Cidades inteiras não possuem acessibilidade arquitetônica nas Praças de Lazer, nas Escolas, nas Empresas Comerciais e Indústrias. Os incentivos fiscais são esmolas dadas a população, como o IPI de veículos reduzido e que mesmo assim os automóveis são uns dos mais caros do mundo em relação à renda do brasileiro. Comprar um carro pode durar muitos anos para paga-lo, se conseguir paga-lo.
O INSS promove um grande expurgo de pessoas com deficiência alegando possibilidades físicas onde elas não existem. E mesmo que existam possibilidades físicas, como saber se está apta ou não a voltar à atividade, pois o mesmo pode estar com um problema maior do que a dificuldade física. Pode estar com problemas psicológicos para enfrentar uma nova realidade em sua vida. Claro que os peritos do INSS não conseguem ver isso.
Como chegar a uma escola se ela não possui acessibilidade arquitetônica? A secretaria estadual de educação prefere transferir o aluno para uma escola distante duas horas de viagem do que reformar a escola e deixá-la acessível. Para órgãos inúteis do governo essa seja a melhor forma de solucionar o problema, segregando a pessoa com deficiência.
Nem mesmo as eleições são acessíveis bastando ir a escola estadual Zacarias Antonio da Silva em Cotia.
Não é contra Lei 10098? O governo pode andar contra Lei? Com a palavra o Ministério Público!
A própria falta de respeito da população quando param seus carros em vagas destinadas a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Áreas de lazer e praças sem acessibilidade arquitetônica, diga-se de passagem, a inútil Praça Japonesa em Cotia, onde nem mesmo os cidadãos comuns entram por ser inacessível.
Bares e restaurantes que seus proprietários acham que fazendo uma “rampinha” estão enquadrados nas Leis de acessibilidade. Sem falar da fiscalização das prefeituras que não funcionam, um serviço inútil! Um gasto de dinheiro público sem retorno a sociedade.
Estamos no Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, vítimas diárias do descaso, do preconceito e da discriminação, onde as pessoas com deficiência comemoram no dia 21 de setembro, desde 1982.
São 30 anos que passaram e nem os prédios públicos possuem acessibilidade. É muita incompetência!
Há muito que lutar ainda!
Se você for a algum estabelecimento comercial, dê preferência aos locais com acessibilidade arquitetônica e de atendimento a pessoas com deficiência.
Forte abraço a Todos.
Paulo Generoso
Fonte: Acessibilidade Total, por:Paulo Generoso
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