Pedido do Ministério Público afeta pelo menos quatro terminais de ônibus e 68,5 quilômetros de corredores de ônibus, apesar de contestar apenas uma obra
A Prefeitura de São Paulo teve de suspender a licitação de 15 obras de mobilidade por interferência do Ministério Público Estadual.
O processo licitatório teria início neste dia 27 de dezembro, mas o Ministério Público alegando falta de consulta popular quis barrar a construção do Terminal Rodoviário Vila Sônia, na zona Oeste. As obras desagradam um grupo de moradores.
O promotor Maurício Ribeiro Lopes notificou a SPObras para não realizar a licitação antes da manifestação da Justiça, que está em recesso até o dia 07 de janeiro. Assim, a suspensão é por tempo indeterminado.
O problema é que além do Terminal de Vila Sônia, o pacote de intervenções que seria licitado inclui outras obras e por conta do caso pontual do terminal, todo pacote foi suspenso.
Entre as obras previstas estão as construções do Terminal Rodoviário de Parelheiros, Terminal Rodoviário Jardim Ângela e Terminal Rodoviário Itaquera. A suspensão também afeta a abertura de 68,5 quilômetros de corredores de ônibus.
Várias obras que de corredores exclusivos para ônibus que eram promessa do prefeito Gilberto Kassab e agora devem integrar o pacote de 150 quilômetros de corredores prometidos pelo prefeito eleito Fernando Haddad estão comprometidas com a determinação do Ministério Público.
Entre os corredores que estão atrasados se encontram 3,3 quilômetros na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, 17 quilômetros na Radial Leste, 14 quilômetros na Avenida Aricanduva, 2 quilômetros na Avenida Itaquera. Também estão previstas intervenções como interligações de corredores já existentes para linhas entre bairros e para aumentar a velocidade dos ônibus. Exemplo é o Binário Santo Amaro.
O pacote de obras ainda inclui um novo sistema viário de 12 quilômetros entre Capão Redondo (zona Sul) até a Vila Sônia (zona Oeste).
Apesar de o pedido do Ministério Público atrasar esta ação da prefeitura, o poder público deveria já ter aberto o processo de licitação antes e não previsto para o dia 27 de dezembro. Mesmo se houvesse intervenção do Ministério Público, haveria tempo de a justiça se manifestar antes do recesso.
Fonte: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes (Com informações da Agência Estado)
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