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| Situação precária! Ônibus seletivos da Viação Imigrantes andam com bancos rasgados e quebrados. Neste caso, braço está com ferro exposto, o que pode ferir passageiros por causa da ponta cortante. Foto: Edson Ferri dos Santos |
Situação dos serviços de linhas seletivas no ABC Paulista apresenta várias reclamações. Tarifas são altas, ônibus velhos e o intervalo entre uma partida e outra é muito grande
Entenda-se como seletivo algo diferenciado, especial, de melhor qualidade.
Mas não é isso que ocorre com as linhas intermunicipais seletivas que ligam os municípios do ABC Paulista à Capital.
As linhas seletivas da região são operadas basicamente pela EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André, Viação Imigrantes e Publix.
Em grande parte dos serviços, a situação é a mesma: ônibus antigos, mal conservados, interrupções de trajeto por quebra do veículo, tarifas altas e muito tempo de espera no ponto.
Após a EAOSA ter abandonado o serviço que liga Mauá, Santo André, São Caetano do Sul até a Avenida Paulista, em São Paulo, sem avisar ninguém, e ter retomado os serviços após notificações da gestora intermunicipal EMTU, agora é a vez de passageiros apontarem problemas na Viação Imigrantes.
Os ônibus seletivos precisam ser de categoria veículo rodoviário ou intermunicipal-rodoviário.
Mas o que ocorre com os ônibus da Viação Imigrantes é que são veículos convencionais urbanos modificados. A porta traseira é retirada, no lugar da dianteira é colocada uma porta pantográfica e os bancos originais do modelo são retirados e instaladas poltronas reclináveis.
No entanto, os problemas não se limitam a isso nos ônibus seletivos.
Grande parte dos veículos é antiga e mal conservada.
Além
de estar com ferro exposto provocando risco de corte nos passageiros,
encosto da poltrona está solto e pula para a frente ou para trás a cada
freada do veículo. Foto: Edson Ferri dos Santos
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| Teto do ônibus apresenta rachaduras. Foto: Edson Ferri dos Santos |
Pagou R$ 4,20 para entrar num ônibus sujo, com rachaduras no teto e bancos quebrados e rasgados. Num destes bancos, o encosto estava solto e pulava para frente e para trás a cada freada do veículo.
O braço deste banco estava desencapado, com o ferro exposto e pontiagudo que poderia provocar cortes e ferimentos em passageiros, inclusive crianças, já que o braço está do lado do corredor estreito por onde os usuários caminham.
Este ônibus fotografado é de 1996, com 17 anos de uso, prestes a completar maioridade. No site da EMTU, consta que o veículo foi inspecionado e que está em situação “OK”. A próxima inspeção neste ônibus está prevista só para maio de 2013.
Desde 2006 (quando este ônibus completava seus 10 anos), a EMTU tenta licitar a área 5 da Região Metropolitana de São Paulo, que engloba o ABC Paulista. Todas as outras áreas foram licitadas e, apesar de ainda exigirem melhorias, tiveram avanços com mais organização das empresas, linhas mais atualizadas e renovação da frota.
No ABC, região cuja operação dos transportes se dá nas mãos de poucos empresários, apesar de haver muitas empresas, as companhias de ônibus se opuseram à licitação. A EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos tentou fazer a licitação por quatro vezes, mas sem sucesso.
Agora em 2013 deve haver uma licitação intermediária, com menos exigências, mas com alguns compromissos maiores para as empresas cumprirem. A frota pode ter 10 anos para ônibus convencionais e micros e 12 anos para articulados.
Os contratos desta licitação só vão até 2016, quando será licitada novamente toda a região metropolitana de São Paulo, incluindo o ABC.
O presidente da EMTU, Joaquim Lopes, disse no ano passado, durante apresentação das propostas do edital, que se mais uma vez as empresas do ABC relutarem em participar do certame, os serviços podem ser entregues a operadores de outras regiões de São Paulo.
Os empresários alegam que esvaziaram as tentativas anteriores de licitação porque o modelo proposto pela EMTU para toda a região metropolitana não se aplicava ao ABC Paulista, pelos altos custos de operação da região (como salários de motoristas e cobradores que são maiores que em outras áreas) e incertezas em relação ao impacto de projetos de mobilidade sobre os ônibus intermunicipais, como o monotrilho que vai ligar São Bernardo a Estação Tamanduateí, em São Paulo, e o Expresso ABC, que será uma linha de trens da CPTM paralela a linha 10 Turquesa, que fará menos paradas e vai ligar a região à São Paulo em menos tempo.
RESPOSTA:
EMTU VAI FAZER NOVA VISTORIA NO VEÍCULO E JÁ TINHA AUTUADO A VIAÇÃO IMIGRANTES POR 18 FALHAS NO MESMO ÔNIBUS:
“Informamos que o veículo em questão foi vistoriado em novembro de 2012, quando foram constatadas 18 falhas, entre as quais aquelas apontadas pelos usuários. As falhas não foram sanadas em nova visita realizada em 06/12, motivo pelo qual a empresa foi autuada. No intuito de agilizar a solução do problema, nova fiscalização já foi agendada para os próximos dias. Acrescentamos que o selo de inspeção do veículo vence em 24/05/2013.”
Assessoria de Imprensa da EMTU/SP”
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| Apagar as velinhas. Ônibus flagrado pelo leitor é um veículo urbano adaptado para seletivo. Fabricado em 1996, possui 17 anos e a próxima inspeção estava prevista para maio. Ônibus caminha para completar a maioridade. Foto: Edson Ferri dos Santos. |
“Domingo eu fiquei 50 minutos (das 11h50 às 12h40 esperando qualquer ônibus das linhas 004 ou 431 da Viação Riacho Grande ou 314 da Viação Imigrantes) na Via Anchieta para ir a São Bernardo do Campo, quando depois desse tempo consegui pegar o da linha 314 – Terminal Tietê ( São Paulo) Jardim das Orquideas (SBC) da viação Imigrantes. O número do ônibus é o 5400 onde além de ser muito velho estava com um banco quebrado e o fundo do ônibus rachado onde o vidro chacoalhava me fazendo pensar que fosse de plástico, mas era vidro mesmo. Achei absurdo um ônibus (de linha seletiva) rodar desse jeito,tirei fotos do banco e da rachadura do fundo do ônibus onde acho que deve até entrar água quando chove.
Abraços e obrigado por nos representar.
Edson Ferri dos Santos”
Fonte: ,por: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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