A decisão já havia sido anunciada no fim de janeiro pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A mistura de 20% está em vigor desde 1º de outubro de 2011.
Um dos objetivos do governo é reduzir o impacto do aumento da gasolina e do diesel, realizado também no fim de janeiro, já que o etanol anidro é mais barato.
Os reajustes, feitos no início do ano na refinaria, ficaram em 6,6% para a gasolina e 5,4% para o diesel. O impacto para os consumidores foi menor, calculado em cerca de 4% devido justamente à presença do etanol.
A mudança no preço dos combustíveis buscou atenuar a defasagem entre os valores internacionais com os preços internos. A diferença vinha afetando o desempenho da Petrobras, responsável por importar o combustível.
O reajuste da gasolina nas refinarias, é o primeiro com impacto ao consumidor desde 2005 --desde então o governo abria mão da arrecadação do Cide (tributo federal dos combustíveis) para anular a alta nos postos, e deve injetar cerca de R$ 600 milhões no caixa da empresa.
Como esse tributo foi zerado no ano passado, ele não pode mais ser usado para compensar reajustes.
O aumento do percentual, no entanto, não deverá reduzir a necessidade de importação de gasolina pela Petrobras. A companhia prevê um aumento no volume de compras do exterior neste ano.
As usinas de cana projetam uma safra recorde, enquanto analistas acreditam que a colheita e a moagem podem começar mais cedo este ano, o que deve garantir o abastecimento, mesmo com a maior demanda por etanol para mistura na gasolina.
Fonte: Folha Online
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