| Ônibus em Rio Preto. Empresas e prefeitura querem barrar na Justiça volta dos cobradores. |
Companhias de ônibus dizem que podem aumentar as tarifas.
Câmara derrubou veto do prefeito que permitia dupla função
As empresas de ônibus Circular Santa Luzia e Expresso Itamarati, que formam o consórcio Riopetrans, ameaçam aumentar novamente as tarifas dos serviços municipais de São José do Rio Preto, no interior Paulista.
Elas alegam que a proibição da dupla função, aprovada pela Câmara Municipal que derrubou o veto do prefeito Valdomiro Lopes e determina a presença de cobradores em todos os ônibus, aumenta os custos operacionais e que isso vai ter de ser compensado com a elevação das passagens.
Em nota à imprensa, o consórcio fala em tarifa técnica maior.
“A contratação de mais colaboradores para a função de cobrador terá impacto na tarifa técnica, hoje em R$ 2,64, pois vai elevar os custos da operacionalização do sistema de transporte público coletivo de Rio Preto”
A tarifa técnica se refere ao custo por passageiro transportado. Hoje em São José Rio Preto, os usuários pagam R$ 1,95 com cartão e R$ 2,00 com dinheiro. A diferença é coberta pelos cofres públicos.
Uma maneira, segundo a Prefeitura, de os custos não ficarem pesados apenas para os passageiros, já que à medida que reduz o trânsito e a poluição, o transporte público beneficia a todos numa cidade e não somente quem usa ônibus.
Já foram reduzidas por duas vezes as passagens de ônibus. Este ano, a prefeitura pagou R$ 6,6 milhões como subsídios aos transportes.
A prefeitura deve sair em defesa das empresas de ônibus e pode entrar na Justiça contra a lei que determina a volta dos cobradores e que deve entrar em vigor nos próximos dez dias.
O executivo alega que a lei é inconstitucional e que aumenta despesas.
Caso a prefeitura ingresse com a ação, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Rio Preto promete fazer paralisações.
As empresas de ônibus alegam que os cobradores ficam ociosos na maior parte do tempo e que elevam os custos de maneira desnecessária, por isso, devem entrar também com uma ação judicial contra a lei.
O Sindicato e a Câmara alerta para os perigos da dupla função. Se dirigir e falar ao celular é proibido por tirar a atenção de qualquer condutor, dirigir, manipular dinheiro e trocos, dar informações e verificar sempre o validador eletrônico, que apresenta problemas, pode prejudicar ainda mais a concentração do motorista. Além disso, o cobrador auxilia nas informações aos passageiros e até em manobras no trânsito.
A Riopetrans informa que atualmente as empresas possuem 95 cobradores.
Fonte: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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