quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dono de empresa de ônibus está foragido

Baltazar José de Souza foragido: Só MPF e Polícia não encontraram

ônibus
Garagem da Princesinha, em Mauá, na Grande São Paulo, onde dividem o terreno os ônibus de Baltazar e a Viação Estrela de Mauá, companhia criada pelo empresário, hoje em nome de David Barioni Neto, ex executivo de Constantino Oliveira, na Gol Linha Aéreas e padrinho político dos empresários mineiros do ABC Paulista. A imprensa localiza Baltazar José de Sousa, menos a Polícia e o MPF. Foto: Adamo Bazani
Baltazar foragido. Só a Polícia e o MPF não encontram
Reportagem do Jornal Tribuna Acontece fala com empresário que é considerado um dos maiores devedores da União. Antes ele tinha falado com jornal ABCDMaior
Falta de vontade ou dificuldade?
Não se sabe ao certo o motivo de as policiais Federal e Civil e também do Ministério Público Federal ainda não terem encontrado o empresário de ônibus Baltazar José de Sousa, que em 07 de maio teve habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça por crimes contra a ordem econômica.
Baltazar é, segundo o Ministério Público Federal, um dos maiores devedores individuais da União. Seus débitos, de acordo com o órgão, chegam a R$ 234 milhões.
São impostos não pagos e transações financeiras não esclarecidas pela Justiça.
Mas se é verdade que as polícias e o MPF procuram o empresário, a imprensa o acha.
O jornal Tribuna Acontece, veiculado em Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e Mauá, conseguiu por telefone falar com o dono de empresas como Viação Cidade de Mauá, EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André, Viação Ribeirão Pires, Urbana, Viação São Camilo e criador de companhias como Viação Estrela de Mauá, que hoje, em nome de David Barioni, através de proposta de compra de empresas concorrentes na cidade, no caso a Leblon Transporte, negocia sua circulação no lote 02 em Mauá, mesmo sendo impedida pela Justiça para isso. Se a negociação for confirmada, Mauá volta ao monopólio, mesmo que velado, dos transportes.
Aliás, o respeito à Justiça, ao Ministério Público Federal, às prefeituras e à lei não parece ser o forte de muitas empresas de ônibus.
Ao saber que o contato foi feito por jornalista, Baltazar se mostrou desconfortável. Ele não revelou onde está, mas pelos prefixos telefônicos, se encontra longe do seu reduto Mauá e, provavelmente no Centro-Oeste.
Ele negou os crimes financeiros e disse que a situação problemática do seu grupo começou em 1996.
“Entre 1996 e 1997, quando a cidade de São Paulo abriu concorrência para as linhas de ônibus, todas as empresas fizeram um seguro com oBbanco Kennedy porque era mais barato. Um volume muito alto, por oito anos. Quando o Banco do Estado do Paraná e o Banco do Estado de São Paulo ‘quebrou’ (sic) eles levantaram (a Justiça) e disse que nós também tínhamos mandado dinheiro para fora, mas eu nunca mandei. Todas as seis provamos (inocência) em primeira instância, certo? E foi arquivado o processo. Uma das empresas o promotor recorreu e o dr. Russo (o advogado Antônio Russo) depois de muitos anos ele não ligou, adoeceu e morreu e o processo correu a ‘revelia’, sem defesa nenhuma. Nas outras cinco empresas estava tudo certo e a única que o promotor recorreu, correu a ‘revelia’ , por falta de advogado.” – disse à reportagem.
Baltazar negou que suas 32 empresas de ônibus, entre as operantes e as que deixaram de prestar serviços, estejam em falência e disse que possui contrato de concessão, no caso de Mauá e das intermunicipais do ABC, que aparecem entre as piores prestadoras de serviços, de acordo com a gerenciadora EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, que encontrou até mesmo “ônibus pirata”, sem registro, operando.
O advogado de Baltazar José de Sousa, Eduardo Vilhena de Toledo, disse que recorreu, mas que dificilmente o STJ revê suas decisões a não ser quando reconhece falha no processo.
Ele negou que Baltazar esteja foragido e disse que “apenas seu cliente não se apresentou à Justiça”.

Confira a matéria na íntegra do jornal Tribuna acontece na capa e página 12 em:
http://issuu.com/thiagoquirino8/docs/ed_83_web?workerAddress=ec2-54-224-199-235.compute-1.amazonaws.com

Fonte: por: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

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