Frota de ônibus de São Paulo diminui e arrecadação nas catracas aumenta

Ônibus em São Paulo. Arrecadação nas catracas aumentou, mas oferta de frota diminui. Foto: Adamo Bazani

Valor arrecadado pelas catracas das empresas de ônibus cresce 30% desde 2004
Frota de ônibus caiu e número de passageiros aumentou
De acordo com a SPTrans, o valor arrecadado pelas empresas de ônibus através das catracas teve aumento de 30% desde 2004, quando passou de fato a vigorar a licitação dos transportes na cidade promovida pela prefeita Marta Suplicy e pelo então secretário da área, Jilmar Tatto.
Naquele ano, o número de passageiros transportados era de 1,6 bilhão por ano.
Agora, em 2013, será feita uma nova licitação do sistema da Capital Paulista. O secretário de transportes, Jilmar Tatto, é o mesmo, mas os números são bem diferentes.
Em 2012, os ônibus em São Paulo transportaram 2,9 bilhões de pessoas.
A implantação do Bilhete Único e de novos corredores exclusivos desde aquela época explicam o aumento de demanda na cidade, de acordo com a Prefeitura.
Em valores corrigidos, em 2004 o sistema arrecadou R$ 3,3 bilhões. No ano passado, a arrecadação foi de R$ 4,5 bilhões
No entanto, a quantidade de ônibus diminui. Em 2004, eram diariamente em operação 14,1 mil ônibus. No ano passado, apesar da frota de cerca de 15 mil, a operação diária ficou em 13,9 mil veículos de transportes coletivos.
O número de viagens diárias caiu de 200 mil em 2004 para 193 mil neste ano.
Assim, menos ônibus hoje transportam mais pessoas e com valor de tarifa mais alto.
Para especialistas, o aumento dos custos dos sistemas e a queda da oferta estão ligados à falta de prioridade ao transporte coletivo. A arrecadação, para os profissionais, é maior, mas os custos operacionais também.
Sem corredores exclusivos, não há possibilidade de planejar uma rede de transportes que possa atender mais pessoas com menos ônibus e menores custos, defendem.
A licitação de transportes neste ano deve aumentar a arrecadação das empresas.
As oito áreas operacionais do sistema de concessão (empresas de ônibus) serão administradas pro apenas três Sociedades de Propósito Específico, que devem ser comandados por empresários como José Ruas Vaz, Belarmino de Ascenção Marta e família Saraiva.
Já o número de cooperativas deve aumentar de oito para doze.
Para aumentar a eficiência do sistema e diminuir os custos operacionais, a prefeitura promete construir 150 quilômetros de corredores

Fonte: blogpontodeonibus por: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes