Em meio às discussões sobre a qualidade do transporte público e o reajuste das passagens, correspondentes do Mural de sete cidades da região Metropolitana de São Paulo relatam como é a condução em seus municípios. Nesta semana, manifestações foram marcadas nas redes sociais em: Carapicuíba, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Itapevi, Mogi das Cruzes, Osasco e Poá, sendo que algumas vão ocorrer nesta quarta-feira (19).
Osasco: terminal recém-entregue precisou de novas reformas por defeito no asfalto
Sub-região Oeste |
(Tarifa: R$ 3,20)
Por Anderson Ferreira
O problema mais tênue em Carapicuíba é que, além de pagarmos R$ 3,20 na passagem, o terminal de ônibus no centro da cidade está sendo reconstruído. As obras que deveriam ser concluídas em janeiro de 2013 estão atrasadas. Com isso, os ônibus ficam estacionados ao lado de outros carros na rua. Durante a noite, a situação piora, pois há pouca iluminação, ausência de faixas de pedestres e semáforos, apesar da grande circulação de pessoas. Os moradores ficam ‘plantados’, no frio ou no calor, a espera do ônibus, que demora.
Itapevi
(Tarifa: R$ 3,20)
Por Narayhana Pereira
Em Itapevi, a passagem custa R$ 3,20, apesar da maioria das linhas ter um percurso curto. Alguns ônibus não tem cobrador e o intervalo dos coletivos pode chegar até duas horas. No terminal municipal, no centro, a estrutura não protege os passageiros nem da chuva nem do sol, e a iluminação é escassa à noite. O local está sempre sujo e o banheiro é raramente aberto para uso dos passageiros. Além disso, as três plataformas não possuem identificação com os itinerários e os fiscais geralmente não têm as informações. Desentendimentos entre passageiros e funcionários ocorrem com frequência devido à falta de paciência dos profissionais.
Osasco
(Tarifa: R$ 3,20)
Por Paulo Talarico
Todos os dias, pessoas atravessam a pé pontes e passarelas sobre o Rio Tietê, em Osasco. O motivo: apesar de cobrar R$ 3,20 pela passagem de ônibus, não há integração para quem quer ir da zona sul à zona norte da cidade, nem para os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O Largo de Osasco, principal terminal do centro, foi reformado ano passado e, após a entrega, o asfalto não resistiu e o local segue em reparos, com pontos improvisados na região. A lotação e a demora também são constantes. A única boa mudança foi o aumento de coletivos adaptados para deficientes.
Correspondentes falam sobre o transporte em diversas regiões da capital
Moradores do Itaim Paulista fretam ônibus para ir aos protestos
Sub-região Leste
Itaquaquecetuba
(Tarifa: R$ 2,90)
Por Camila Ribeiro
O tempo da minha casa até o centro de Itaquaquecetuba é de dez minutos de carro, enquanto de ônibus levo até 1h30. Os intervalos entre as linhas municipais que servem aos bairros chegam a passar de 50 minutos, além da lotação. Para não atrasar, saio com duas horas de antecedência. A demora não é só pelo percurso, mas, também, pelo fato do motorista exercer o papel de cobrador, o que aumenta o tempo das paradas. Além disso, parte da frota que está na rua parece não passar por manutenção, os botões para “dar o sinal” não funcionam e muitos bancos estão quebrados ou sujos.
Mogi das Cruzes
(Tarifa: R$ 3,20)
Por Jéssica Suellen
Em Mogi das Cruzes, o aumento da passagem de ônibus se tornou uma novela. No mês de abril houve um reajuste de R$ 2,90 para R$ 3,30 nas linhas municipais (13,7%). Depois de vários protestos, a prefeitura reduziu a tarifa para R$ 3,20 desde o dia 15. Em regiões afastadas do centro de Mogi, os ônibus são escassos e é preciso esperar horas por uma condução. Em horário de pico, é impossível arranjar um lugar para se sentar e, muitas vezes, os coletivos aparentam estar sem manutenção.
Poá
(Tarifa: R$ 3,10)
Por Tamiris Gomes
É uma cidade muito engraçada, tem pouco mais de 100 mil habitantes e uma das passagens mais caras. Desde maio a tarifa dos ônibus municipais de Poá aumentou R$ 0,30, passando de R$ 2,80 para os atuais R$ 3,10 (10,7%). A insatisfação com o reajuste, embalada também pelos protestos na capital, levou dezenas de jovens às ruas do município nesta terça-feira (18). Eles percorreram as principais avenidas de Poá e terminaram em frente ao prédio onde mora o prefeito, Francisco Pereira de Sousa, o Testinha. A má qualidade dos trens também incomodam os poaenses. A linha11-Coral da CPTM, que cruza a região, fica extremamente lotada, não só em horário de pico, a partir de Guaianazes.
Guarulhos
(Tarifa: R$ 3,20)
Por Jéssica Souza, Olívia Freitas e Nicole Patrício
“O ônibus está programado para sair de 4 em 4 minutos”, é o que passageiros escutam do fiscal no ponto final do Jardim Moreira, em Guarulhos, na Grande São Paulo, ao questionarem por que um ônibus com destino ao metrô Tucuruvi (zona norte de São Paulo) demora de 20 a 30 minutos para passar. Os motoristas são mal humorados e o preço da passagem só aumenta. No bairro dos Pimentas são poucos ônibus intermunicipais, os quais demoram esse mesmo tempo para quem pega a linha com direção às estações do Armênia e Tietê do Metrô, em São Paulo. Os ônibus também costumam quebrar, o que faz com que os passageiros esperem, pelo menos, 20 minutos pelo próximo. Hora marcada? É preciso se programar muito. Se for cadeirante, a situação é mais crítica, pois poucos veículos são adaptados. As tarifas chegam a R$ 5,15 – R$ 10,30 por dia, somando ida e volta.
Fonte:http://mural.blogfolha.uol.com.br
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