Alterações ainda causam transtornos, segundo passageiros.
A SPTrans – São Paulo Transportes, gerenciadora do sistema da Capital Paulista, quando alterou as linhas de ônibus da cidade, em especial as 43 ligações na zona Leste, dizia que era uma questão de tempo para a população se adaptar às mudanças, que segundo a empresa, têm o objetivo de deixar os serviços mais dinâmicos e evitar as sobreposições.
Mas parte da população não se adaptou e se queixa de muitas destas alterações. Linhas foram extintas e outras foram divididas. O número maior de transferência entre diferentes ônibus é a principal queixa. A SPTrans diz que o fim das sobreposições deixa o tempo de viagem menor. Mas os passageiros alegam o contrário e informam que as transferências têm aumentado o período dos deslocamentos.
A Associação SOS Consumidores, por exemplo, moveu uma ação civil pública contra as mudanças.
Segundo o órgão, as alterações foram feitas com pouco planejamento, os passageiros não foram ouvidos e não houve informação suficiente com antecedência.
A “Proteste Associação de Consumidores” alega também que as mudanças deveriam ser acompanhadas de mais informação.
Segundo especialistas em mobilidade, o sistema de São Paulo precisa realmente ser remodelado e as sobreposições de linhas impedem a melhoria dos serviços e do trânsito.
Mas as mudanças devem ser feitas com critérios. Antes de alterar as linhas, deve-se oferecer uma infraestrutura mínima para o sistema de linhas troncais (com ônibus maiores que vão até a região central) e de linhas alimentadoras (com veículos menores que vão até terminais de bairro).
Não adianta o ônibus no bairro fazer mais viagens se o ônibus troncal ainda fica preso no trânsito sem espaços exclusivos ou em corredores defasados sem pontos de ultrapassagem e faixas exclusivas que apresentam gargalos durante o trajeto.
A questão da sobreposição também deve ser analisada com critério. Às vezes linhas que percorrem as mesmas vias por uma boa parte do itinerário são necessárias pelo fato de terem demanda para isso ou origem e destino diferentes.
O Ministério Público de São Paulo também aguarda esclarecimentos da SPTrans – São Paulo Transportes.
Na zona Leste de São Paulo, as mudanças das 43 linhas ocorreram no lote correspondente ao Consórcio Leste 4, onde operava a Viação Itaquera Brasil, que teve uma das garagens descredenciadas (43 – Cidade Tiradentes) pela prefeitura de São Paulo por má prestação de serviços.
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