Serviço é prestado em SP por quatro empresas há nove meses.
Reportagem viu máquinas desligadas, 'fora do ar' e que devolvem notas.
Os problemas foram detectados nove meses após o Metrô trocar a empresa que realizava o serviço, a Planetek, que era alvo de reclamações. Quatro novas companhias passaram a administrar o serviço. O G1 constatou problemas no serviço prestado por duas delas. Consultadas pela reportagem, elas negam problemas crônicos, mas admitem a possibilidade de falhas pontuais que não comprometem o serviço.
O Metrô afirma que o novo contrato prevê o uso do 3G e telefonia fixa para minimizar os problemas, mas que a dupla tecnologia só foi instalada em 95% da rede e a Estação Consolação é uma das prejudicadas.
Palmeiras-Barra Funda (Foto: Márcio Pinho/G1)
Os problemas, no entanto, ainda não acabaram. A principal falha encontrada pela reportagem foi na Estação Consolação, da Linha 2-Verde do Metrô. As únicas duas máquinas de recarga, fornecidas pela empresa Serviços Digitais, não respondiam às tentativas dos usuários de verificar o saldo e recarregar. Uma mantinha na tela de forma constante a informação “aguarde”, e a outra o saldo de um usuário anterior.
Ainda na Estação Consolação apresentava problemas uma das três máquinas menores de cor vermelha presas aos pilares e que podem ser usadas para recarga de vale-transporte. “Não é raro eu chegar aqui e ver que a máquina não está funcionando. Às vezes estou com pressa e tenho que encarar a fila”, afirmou o estudante Agnos Gonçalves, de 19 anos e que normalmente usa as máquinas amarelas para comprar créditos.
Quem não tem paciência para enfrentar as filhas do horário do rush tem de buscar alternativas. É o caso da auxiliar de vendas Marta Neli, que já deixou a Estação da Sé, uma das mais movimentadas do Metrô de São Paulo, para poder sacar dinheiro e recarregar seu bilhete. Isso porque a máquina não aceitava o cartão de crédito, relatou.
Na quinta-feira, duas das quatro máquinas amarelas da Serviços Digitais na Estação Sé não funcionavam, fazendo os usuários fazerem filas para acompanhar as outras duas. Uma adolescente se queixava de que uma das máquinas havia engolido sua nota de R$ 10.
Na Estação Barra Funda, duas de seis máquinas vermelhas da Ponto Certo não operavam. Uma estava completamente desligada, enquanto a outra devolvia as notas colocadas pelos usuários. A situação era diferente da encontrada na Estação Marechal Deodoro, da Linha 3-Vermelha, onde as duas máquinas vermelhas disponibilizadas pela empresa funcionavam. Na Estação Paulista, da Linha 4-Amarela, as máquinas da empresa Perto funcionavam sem problemas.
Dupla tecnologia
Segundo Nelson Medeiros, gerente de operações financeiras do Metrô, o contrato previa que as máquinas de autoatendimento tivessem a possibilidade de funcionar tanto por meio de linhas telefônicas fixas como de tecnologia 3G, como as usadas em telefones celulares. “A probabilidade de você ter equipamento sem a linha telefônica fixa e a celular funcionando ao mesmo tempo é muito pequena.”
No entanto, ele admite que ainda há estações onde a dupla tecnologia fixa não foi instalada. “São casos pontuais, como na Estação Consolação. A empresa afirmou que já está providenciando”, afirmou ele. Segundo Medeiros, essa estação tem um aspecto que atrapalha o funcionamento dos equipamentos que é a localização na Avenida Paulista, onde nem sempre telefones celulares funcionam. Para o gerente, “tranquilamente 95% das estações" já possuem as duas tecnologias em funcionamento.
A empresa Serviços Digitais afirma que investe continuamente no apriomoramente da rede, mas que está sujeita a falhas operacionais. A Ponto Certo afirmou que duas máquinas ficaram sem transações por uma hora na quinta-feira (3) e que uma das falhas teria ocorrido à noite. A reportagem, no entanto, encontrou duas máquinas com problemas à tarde. Uma delas, segundo a Ponto Certo, provavelmente rejeitava as notas por estar com o cofre cheio. A empresa falou que, apesar dos problemas constatados, quatro terminais funcionavam normalmente, e que nenhum usuário deixou de ser atendido.
TecnologiaAlém das troca de empresas que ocupam o espaço do Metrô para oferecer a recarga do Bilhete Único, há outra modificação em andamento. A SPTrans, empresa municipal que administra o serviço de ônibus, tem licitação aberta para a troca do sistema que faz o gerenciamento da operação e da segurança do Bilhete Único. O contrato atual vence em 2012. A troca implicará também a substituição de todos os cartões de bilhete único, o que deverá acontecer em um período de até três anos após a contratação da nova empresa.
Fonte:e Fotos Márcio Pinho do G1 SP
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