sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Mulheres condutoras discutem a “Violência contra a Mulher"

Conhecer essa história que quase sempre não é contada
Plenria_mulheres

Por iniciativa da diretora do Sindicato dos Motoristas – SP, Léia, cerca de 40 mulheres, funcionárias de empresas de ônibus urbano de São Paulo, se reuniram em uma plenária terça-feira (04/12) na sede central da entidade para debater os direitos das mulheres no local de trabalho e o significado do Dia Internacional de Não Violência Contra a Mulher, que é comemorado todo dia 25 de novembro desde 1999.

No dia 25 de novembro de 1960, Pátria, Minerva e Maria Tereza, as irmãs Mirabal, foram brutalmente assassinadas a mando do ditador Trujillo. As três lideravam um movimento de libertação política da República Dominicana. Junto com seus maridos, familiares e outros participantes do movimento, Las Mariposas lutavam pelo fim da ditadura, da violência e pela democracia. O ditador acreditava que ao eliminar as Irmãs Mirabal seus problemas acabariam, mas o assassinato de Las Mariposas causou comoção e levou o povo dominicano a se unir contra o ditador.


Para a diretora Léia, conhecer essa história que quase sempre não é contada nos faz entrar em contato com os sonhos, a força e a coragem das que ousaram se rebelar e lutar por uma vida nova, em busca dos seus sonhos. Conhecer essa trajetória nos ajuda a identificar os desafios para continuar a luta, por uma sociedade igualitária onde mulheres e homens sejam livres e os sonhos realizados.

Segundo ela, nossa sociedade parece que as mulheres são pessoas de segunda categoria, tendo muitas obrigações e poucos direitos, onde sempre as colocam que tenham que viver em função dos outros: pais, maridos e filhos. Elas são treinadas para serem tímidas, inseguras, medrosas, que não podem dizer “Não!” e terem que sempre obedecer. Em sua opinião, entre o homem e a mulher existe uma diferença “biológica” ligada às funções de reprodução: gravidez, parto, amamentação, ciclo menstrual.

Estas características são usadas no sentido de “inferiorizar a mulher, mas sabemos que desigualdade entre os sexos não é um problema biológico e sim social”. Também, de acordo com Léi a origem da opressão sob as mulheres é anterior à divisão da sociedade em classes tal como é hoje, e que se acentuou com o surgimento da “família patriarcal”, isto é, a família que se organiza em torno do pai considerada chefe e com autoridade sobre a mulher e filhos.

“A violência contra a mulher passa a ser um problema mundial que não distingue cor, classe social nem raça: é maléfica, absurda e injustificável! Sabemos que o crescimento e a organização política da mulher trabalhadora têm contribuído com o avanço das lutas sociais no país, bem como com as conquistas de leis e que passam a promover a cidadania para todos. Além das conquistas das ações afirmativas e concretas, contra a opressão discriminação e exclusão, conquistamos espaço em outras esferas de poder”.

Fonte: Sindmotorista, por: Nailton Souza

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