Conhecer essa história que quase sempre não é contada |
Por
iniciativa da diretora do Sindicato dos Motoristas – SP, Léia, cerca de
40 mulheres, funcionárias de empresas de ônibus urbano de São Paulo, se
reuniram em uma plenária terça-feira (04/12) na sede central da
entidade para debater os direitos das mulheres no local de trabalho e o
significado do Dia Internacional de Não Violência Contra a Mulher, que é
comemorado todo dia 25 de novembro desde 1999.
No
dia 25 de novembro de 1960, Pátria, Minerva e Maria Tereza, as irmãs
Mirabal, foram brutalmente assassinadas a mando do ditador Trujillo. As
três lideravam um movimento de libertação política da República
Dominicana. Junto com seus maridos, familiares e outros participantes do
movimento, Las Mariposas lutavam pelo fim da ditadura, da violência e
pela democracia. O ditador acreditava que ao eliminar as Irmãs Mirabal
seus problemas acabariam, mas o assassinato de Las Mariposas causou
comoção e levou o povo dominicano a se unir contra o ditador.
Para
a diretora Léia, conhecer essa história que quase sempre não é contada
nos faz entrar em contato com os sonhos, a força e a coragem das que
ousaram se rebelar e lutar por uma vida nova, em busca dos seus sonhos.
Conhecer essa trajetória nos ajuda a identificar os desafios para
continuar a luta, por uma sociedade igualitária onde mulheres e homens
sejam livres e os sonhos realizados.
Segundo
ela, nossa sociedade parece que as mulheres são pessoas de segunda
categoria, tendo muitas obrigações e poucos direitos, onde sempre as
colocam que tenham que viver em função dos outros: pais, maridos e
filhos. Elas são treinadas para serem tímidas, inseguras, medrosas, que
não podem dizer “Não!” e terem que sempre obedecer. Em sua opinião,
entre o homem e a mulher existe uma diferença “biológica” ligada às
funções de reprodução: gravidez, parto, amamentação, ciclo menstrual.
Estas
características são usadas no sentido de “inferiorizar a mulher, mas
sabemos que desigualdade entre os sexos não é um problema biológico e
sim social”. Também, de acordo com Léi a origem da opressão sob as
mulheres é anterior à divisão da sociedade em classes tal como é hoje, e
que se acentuou com o surgimento da “família patriarcal”, isto é, a
família que se organiza em torno do pai considerada chefe e com
autoridade sobre a mulher e filhos.
“A
violência contra a mulher passa a ser um problema mundial que não
distingue cor, classe social nem raça: é maléfica, absurda e
injustificável! Sabemos que o crescimento e a organização política da
mulher trabalhadora têm contribuído com o avanço das lutas sociais no
país, bem como com as conquistas de leis e que passam a promover a
cidadania para todos. Além das conquistas das ações afirmativas e
concretas, contra a opressão discriminação e exclusão, conquistamos
espaço em outras esferas de poder”.
Fonte: Sindmotorista, por: Nailton Souza
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