Modelo tem capacidade maior de passageiros e pode diminuir excesso de lotação por viagem
Na busca por priorizar os transportes coletivos, algo que já deveria ser natural nas cidades, não basta oferecer corredores de ônibus apenas.
Os corredores são importantes para a maior velocidade do sistema de transportes coletivos sobre pneus, o principal motivo pelo qual as pessoas em pesquisa da ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicps – declararam que pensariam em deixar o carro em casa.
Mas além da baixa velocidade dos transportes coletivos, outro aspecto que ainda não deixa os sistemas atraentes é a superlotação.
Por serem espaços exclusivos e com mais área para ônibus, é possível o uso de veículos de porte maior, com mais conforto e menos aperto.
Esse agora é o investimento do sistema BRT TransOeste, do Rio de Janeiro.
Foram adquiridos 12 ônibus superaticulados, Mercedes Benz O 500 MDA, com Carroceria Viale Marcopolo. Todos os veículos vão chegar em três semanas. Já nesta segunda-feira, dia 1º de julho, três unidades começam a circular.
Os atuais articulados do TransOeste somam 91 unidades. Eles têm 18,6 metros e capacidade para 140 passageiros. O modelo superarticulado tem 23 metros e transporta entre 180 e 200 pessoas.
Além dos articulados, o sistema BRT TransOeste possui 20 ônibus do tipo padron, para 100 passageiros, e 76 alimentadores da menor capacidade.
A estimativa da Prefeitura era que o BRT TransOeste transportasse 95 mil pessoas por dia, mas hoje leva algo em torno de 120 mil.
Erro de planejamento de demanda da prefeitura ou o chamado preço do sucesso do sistema?
Especialistas garantem que as duas coisas. O TransOeste que liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz diminuiu em 40% o tempo médio de viagem entre estas duas regiões. Daí, o sucesso. Mas, com certeza isso atrairia demanda maior e como as cidades e as atividades econômicas são dinâmicas, o número de pessoas transportadas cresceria. Daí, a falta de planejamento.
OPERADORES DE BRT SEM LICITAÇÃO:
A Prefeitura do Rio de Janeiro contratou, sem licitação, um quinto conglomerado de empresas de ônibus para operarem os quatro BRTs que devem ser construídos na cidade até 2016, já contanto com o TransOeste.
Foi criado um novo consórcio que vai estar presente em todos os sistemas de ônibus de maior capacidade sem concorrência pública.
Especialistas classificam a prática como cartelização dos transportes em prol das companhias de ônibus que já atuam no Rio de Janeiro. Seria uma forma de elevar ainda mais o poder dos empresários.
O novo contrato traz exigências maiores que vão impactar nos custos do sistema e consequentemente nos valores das tarifas.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que não há irregularidades na contratação e que “nada foi feito às escondidas”
Fonte: por: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes .Apoio: CBN Rio
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugestão, Reclamações, Elogios, Comentários e Perguntas