quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Trem-Bala deve ser adiado em clima de cartel e mobilidade urbana ruim


trem-bala
Trem Bala. Diante do cenário de mobilidade urbana que deixa muito a desejar frente ao elevado custo para implantar o trem bala e dos escândalos de suposto cartel de empresas do setor ferroviário,
Dilma deve adiar o leilão do TAV – Trem de Alta Velocidade
BOM SENSO: Dilma deve adiar trem bala e transporte público deve ganhar mais investimentos
Apenas uma empresa se interessou pelo projeto bilionário cuja eficácia ainda é incógnita
Se nenhuma outra empresa se interessar pelo projeto do trem-bala, ou TAV – Trem de Alta Velocidade, e se as incertezas da utilidade da obra diante do contexto de mobilidade no Brasil persistirem, o leilão previsto para setembro pode ser adiado.
O trem-bala ligaria São Paulo ao Rio de Janeiro por Campinas. De acordo com o Governo Federal, o custo seria de R$ 34,7 bilhões, mas de acordo com o mercado do setor, que esvaziou várias tentativas de leilão, não sairia por menos de R$ 50 bilhões só para implantar o projeto.
A possibilidade de adiamento foi levantada por Dilma em reunião na noite desta terça-feira no Palácio do Planalto.
Apenas a espanhola CAF se mostrou interessada nas obras. Empresas que estão sendo investigadas por suposta formação de cartel para obras e reformas de composições da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e Metrô de São Paulo também levantaram a possibilidade de participação. A Siemens, que denunciou o suposto cartel, chegou até pedir o adiamento do trem bala para ter tempo de organizar um consórcio.
A realização de uma obra tão cara para atender a uma demanda pontual diante das grandes falhas de mobilidade urbana no País, ainda mais com a possibilidade de participação de companhias investigadas em São Paulo, na avaliação de Dilma não cria “clima” para o trem-bala.
Na reunião, Dilma disse que a prioridade deve ser a mobilidade urbana, com a criação de linhas de metrô, corredores de ônibus e terminais de integração.
Participaram da reunião o ministro dos Transportes, Cesar Borges, o presidente da Empresa Brasileira de Planejamento e Logística, Bernardo Figueiredo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Mriam Belchior, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman.
Os investidores reclamam que a Taxa Interna de Retorno para uma obra arriscada e com perspectiva de baixa rentabilidade é baixa: em torno de 7%.
As investigações sobre o suposto cartel em São Paulo não impediriam juridicamente a participação das empresas, mas politicamente seria um desastre.
MINAS GERAIS:
Dilma anunciou liberação de verbas de R$ 7,8 bilhões para mobilidade urbana em Minas Gerais.

Fonte:  por: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

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